Anunciado pelo Vitória como novo treinador da equipe no começo da semana, Mazola Júnior é o sexto nome contratado por Paulo Carneiro para o...
Anunciado pelo Vitória como novo treinador da equipe no começo da semana, Mazola Júnior é o sexto nome contratado por Paulo Carneiro para o cargo desde o início da atual gestão, no fim de abril do ano passado. Mazola ainda nem estreou e não é possível dizer se ele vai ser bem sucedido ou se vai fracassar no comando do Leão, mas ele já é quem mais mexeu com a torcida rubro-negra. Nesse caso, negativamente.
A ‘arquibancada virtual’ não gostou da contratação. As críticas nas redes sociais foram tantas que no dia seguinte ao anúncio do acerto com Mazola, o presidente Paulo Carneiro publicou um vídeo para defender o treinador de 55 anos.
“Tem uma formação muito boa, de jogador e treinador no exterior. Dirigiu Ponte Preta, subiu Sport. Tem dez anos de Série B, conhece o campeonato”, disse Paulo Carneiro.
O Remo, entre fevereiro e setembro, foi o mais recente trabalho de Mazola. O que levou ele ao clube foi o passado de sucesso no Paysandu, rival do Leão Azul. Pelo Papão, o treinador conseguiu o acesso da Série C para a B, em 2014. Quem explica é o jornalista Diogo Puget, repórter da TV Cultura e editor do SBT, em Belém.
“Mazola criou uma identidade muito forte com o Paysandu. Virou sócio, produto de marketing, ninguém esperava ele no Remo. Mas o time estava em uma fase complicada, muita bagunça no vestiário, jogador sem compromisso, aí pensaram nele, porque ele faz a linha mais durão, é um cara que chega para colocar ordem na casa”, conta Puget, que fala mais sobre o perfil do novo técnico rubro-negro.
“Ele tenta agregar. Não entenda ‘durão’ como uma coisa ruim. É um cara que gosta das coisas em ordem, de impor limites, mas se relaciona bem com os jogadores e tenta unir o clube”, completou.
A passagem de Mazola no Remo durou apenas 16 partidas, com sete vitórias, seis empates e três derrotas. De acordo com Puget, nesse período o time ficou marcado por um futebol de poucas ideias ofensivas. O jornalista falou sobre como funcionava o Mais Querido dentro das quatro linhas.
“O time mais ganhou que perdeu com ele, só que as vitórias eram todas no sofrimento. Muito 1 a 0. Ele povoava o meio de campo, fechava a casinha e tentava achar um gol lá na frente. Quando esse futebol deixou de dar resultado, ele não conseguiu se sustentar. A torcida queria ver algo mais bonito”.
Como ponto positivo do trabalho de Mazola no Remo, Puget destacou o sistema defensivo. O time paraense avançou para a segunda fase com a melhor defesa da Série C. Apenas dez gols sofridos em 18 jogos. “Isso é mérito dele. É preciso reconhecer”, pontua Puget.
O sistema defensivo, de fato, é um ponto que ele vai precisar trabalhar no novo clube. Depois de apresentar uma melhora no setor, o Vitória sofreu oito gols no últimos quatro jogos que disputou.
Trabalhos curtos
O último trabalho mais consistente de Mazola foi em 2018, quando comandou o Criciúma por 33 jogos e manteve o clube na Série B.
Depois disso, ele passou por Ponte Preta, onde ficou apenas por cinco partidas, e Londrina, demitido após nove jogos. Então veio o Remo, com 16 compromissos, e agora o Vitória.
Como citado por Paulo Carneiro, Mazola tem um acesso da Série B para a A no currículo. Aconteceu em 2011, com o Sport. O treinador, que comandava o sub-20 do Leão, foi alçado ao time principal em dois momentos ao longo daquela edição da Segundona.
Mazola vai ser apresentado nesta quinta-feira, 10, como treinador do Vitória e na sexta, 11, comanda o time contra o Cruzeiro, no Barradão.
Atarde
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